Função da informática no diagnóstico psicopedagógico

Segundo Maria Lucia L. Weiss, alguns testes de avaliação do desempenho da inteligência não dão conta da gama de possibilidades e estratégias de pensamento que crianças e adolescentes revelam perante o  uso do computador.           

          De acordo com a autora é necessário que o terapeuta tenha clareza  em relação aos pressupostos teóricos que utiliza na orientação do  diagnóstico psicopedagógico, para poder trabalhar com qualquer instrumento, dentro de uma diretriz onde precise tirar conclusões dos verdadeiros indicadores da existência de problemas de aprendizagem escolar. Nesta direção, torna-se fundamental a compreensão da função da informática no desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de crianças e adolescentes, assim como entendimento do funcionamento afetivo que está articulado com esse processo.

          Assim, estamos preconizando o uso mais amplo do computador e não o restrito, apenas como simples página do livro didático ou mesmo caneta eletrônica.

           As situações problemáticas durante o uso do próprio computador, aqueles que são propositalmente previstas nos objetivos de cada software ou aplicativo, permitem observações de diferentes aspectos do consciente do sujeito, com predomínio ora no cognitivo, ora no afetivo ou ainda, deixando claras as interligações sempre existentes nos dois.

          Assim, são possíveis observações sobre o sujeito:

– Níveis de solução de problemas.

– Forma, o estado de ele enfrentar situações novas.

– A lógica usada na fusão de uma solução.

– O nível de atenção e o foco na tarefa.

– A memorização de comandos novos e das sequências funcionais.

– O percurso que faz errar e como eliminar o erro.

– A grande persistência nas tentativas.

– O erro paralisante e o erro como estímulo para usar novos caminhos.

– A aceitação ou a rejeição das atividades propostas.

– O desejo e a determinação em produzir.

– As ansiedades e medos diante da tarefa proposta.

– O processo decisório, de escolha (o tempo e a forma: aleatória ou refletida.

          Desta forma, torna-se fundamental que o terapeuta possa usar, com segurança e eficiência, os novos instrumentos oferecidos pelo progresso constante de tecnologia de informação. Ida Korz Cymbalista