02
jul
Acabei de cruzar no elevador do meu edifício com um bebê nos braços da avó.
De imediato, comecei a pensar no quanto o pai, muitas vezes sente-se excluídos da maternidade, além de frequentemente uma das avós ficar cuidando do bebê enquanto os pais trabalham. Ocorreu-me de imediato, que além do novo e esperado membro da família chegar, pode vir junto uma avó para cuidar e ajudar no que for preciso.
Só que a dinâmica da casa se altera de uma forma ampla e o pai, sente-se invadido em sua privacidade. Não tem como se queixar, pois, afinal, um bebê requer atenção quase que ininterrupta!!!!!!
E a mãe que carregou o bebê por 9 meses, fica atribulada com tantas novidades: deixa de ser filha para ser mãe.
É como se um terremoto passasse na casa, revolucionando tudo: horários, disponibilidade, solicitação, afinal, os bebês humanos necessitam de nove meses de gestação na barriga da mãe e ao menos outros nove para ter certa autonomia, ou seja um ano e meio de dedicação praticamente exclusiva!
E quanto é permitido ao pai ajudar em tudo isso, se o olhar da mãe fica quase que integralmente voltado ao bebê? Não há romantismo que dê conta! E o pai sente-se abandonado e excluído! Além de destituído de sua importância.
Por mais que exista o desejo de ter um filho, pois assim será sua continuidade, as mulheres não se preparam para ser mãe e esposa ao mesmo tempo. Não vejo como se prepara para algo que ainda não ocorreu, mas gostaria de pontuar a importância do pai no desenvolvimento da criança e de uma família suficientemente estruturada.
Como ensinar algo pelo qual ainda não passamos? Teorias e livros de autoajuda existem de montão. O perigo é que se não ocorre como está no livro, questionar a teoria é saudável, e não se trata de certo ou errado.
Cada casal, cada família tem suas particularidades e a construção de uma família é difícil e trabalhosa, pois a todo momento surgem situações inéditas que podem trazer instabilidade. Buscar serenidade é uma necessidade para administrar as situações novas.
Mulheres, fiquem atentas para não colocar o marido, agora pai, de escanteio. Ninguém gosta de ser excluído ou abandonado! Muito menos um pai recente! Dividir tarefas e aceitar que cada um tem seu jeito é uma saída.
Boa sorte
Miriam Goldstain
Psicóloga
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