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fev
Psiquiatras definem o TOD como um padrão persistente de comportamento com algumas características como a desobediência as regras, hostilidade, atitudes desafiadoras contra figuras de autoridade como pais e professores, e em algumas vezes, índole vingativa.
O ambiente em que a criança está inserida pode contribuir para a manifestação do transtorno como ambientes domésticos onde há conflitos, brigas conjugais e uso de drogas. Mas assim como nos demais distúrbios, esses comportamentos não são exclusivos do TOD.
Dentre as características mais comuns do TOD podemos destacar a perda da paciência com muita frequência; discussão com um adulto com facilidade; de forma proposital, conseguir perturbar as pessoas a sua volta (Comportamento Disruptivo); dificuldades e recusa em acatar regras; desafio ao adulto que as propõe. Também costuma culpar as pessoas a sua volta pelos seus erros, não se compadecendo com a dor do outro.
Outros sinais significativos são os de rotineiramente se aborrecer facilmente; demonstrar ira, muita agressividade, ressentimento, rancor e desejo de vingança. Quer sempre fazer valer a própria opinião.
Crianças com Transtorno Opositivo Desafiador podem apresentar outros sintomas concomitantes (Comorbidade). Dentre eles vemos o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH, que é a mais comum); Transtorno de Ansiedade; Transtorno de Humor (Depressão ou Transtorno Bipolar); Transtorno de Aprendizagem e da Linguagem – Autismo.
Dentre as sugestões de como se relacionar ou trabalhar interpessoalmente na Escola, pode-se destacar que se deve sempre deixar claro o que se quer e o comportamento que se espera, além de estabelecer objetivos de comportamento social e premiações.
É importante fazer perguntas sobre as situações ocorridas no momento, não recorrendo a acontecimentos do passado. Nos diálogos, ouvir com atenção as respostas e colocar-se no lugar dele. É muito importante olhar naturalmente nos olhos, destacando as coisas boas que ele apresenta.
Quando ele fizer algo não adequado, converse e mostre a ele que você está triste.
No momento da explosão da raiva, apenas o contenha, espere um tempo e converse passivamente sobre o que o leva a se enraivecer, sempre “olho no olho”. Procure falar de forma clara, modo calmo com frases curtas e objetivas. Nunca o coloque em situação de constrangimento.
Na Escola, a criança com TOD não é sociável. Tem dificuldades para trabalhar e brincar em grupos; não cria vínculos e impõe regras; não tolera frustrações.
Em sala de aula, coloque-o em lugar que não permita a distração. É muito importante fazer a inclusão total da criança; por vezes, faça-o ajudante da turma. Conquistar a simpatia do aluno é sempre muito importante.
Muitas vezes, a criança costuma chamar a atenção pelo lado negativo; nesse caso, mostre um exemplo positivo. Assim como em outros distúrbios, divida tarefas longas em partes menores; caso ele se distraia facilmente, faça alguns “combinados”, premiando atitudes positivas.
A criança com TOD deve ser avaliada e diagnosticada por psiquiatra ou neurologista infantil e medicada se houver necessidade. Caso não haja uma intervenção, os sintomas podem vir a piorar nos anos seguintes. O tratamento pode durar anos; mas o não tratamento adequado, poderá levar a um futuro Transtorno de Conduta.
Os terapeutas que trabalham com esse transtorno devem ser o psicólogo para a área emocional, e o psicopedagogo, que ajudará a superar as dificuldades diárias com orientações para a Escola e a família, além do trabalho direto com a criança, ajudando-a a crescer e a se desenvolver atingindo as metas e objetivos propostos.
Tanto no trabalho individual na Clínica, como nas orientações a pais e Escola, o foco sempre será a criança e a sua autoestima, mostrando os reais avanços obtidos.
http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1175.pdf
https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/2531/DissRCZ.pdf?sequence=1
https://psicologiaacessivel.net/2017/01/11/falando-um-pouco-sobre-tod/
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